CRAR – Centro de Referência e Acolhimento de Refugiados

Com o objetivo auxiliar pessoas que saem de seus países de origem buscando refúgio no Brasil, oferecendo acolhimento, moradia, ensino e aproximação. Este tema surge embasado em uma problemática mundial de crise migratória. O Brasil possui um papel importante neste cenário, uma vez que, poucos países integram adequadamente aos seus sistemas econômicos, culturais e sociais as pessoas refugiadas.
Refugiados são aqueles que precisam sair de seu país por conflitos armados perseguições (raça, religião, política e direitos humanos violados) ou situação grave generalizada.
Conforme convenção de 1951, é dever do Estado garantir vida digna para quem busca refúgio no Brasil. Para que estas pessoas tenham direitos e possam reconstruir sua vida, o Estado deve reconhecê-las em suas diferentes esferas e assim possibilitar acesso às políticas públicas.
O terreno escolhido para a implantação do CRAR possui uma localização estratégica e fundamental para o funcionamento da edificação. Situado no Centro Histórico de Porto Alegre, Rua Duque de Caxias, 1247, área nobre da capital, já abrigou a primeira sede do Colégio Anchieta, que foi destruída e construído um centro comercial, prédios existentes no terreno, mas a obra nunca foi finalizada.
Atualmente este trecho da Rua Duque de Caxias possui tapumes e a ocupação do terreno não traz interação com a cidade, além de subutilizar uma área valiosa. O CRAR vem com a intenção de reativar este espaço e quebrar o atual corredor de edificações, trazendo um equipamento que toda a população possa fazer uso.
O entorno do terreno está consolidado e possui grande peso histórico, cultural e arquitetônico para a região, o que está sendo considerado e respeitado no projeto, através da busca por alinhamentos e alturas.
Ao entender este processo compreende-se que a solução para o funcionamento do CRAR seria uma parceria público-privada, sendo o poder público o principal investidor e administrador.
O CRAR terá como programa o primeiro contato e o acompanhamento destes imigrantes, oferecendo subsídios para que possam dar seus primeiros passos de forma segura neste novo país, auxiliando no: acolhimento; documentações; ensino da língua portuguesa; reinserção na sociedade e posicionamento no mercado de trabalho.
Visando a troca de conhecimentos, cultura e experiências, o projeto tem espaços pensados para a convivência dos refugiados com a população da capital trazendo esse contato e a quebra de pré-conceitos. O empreendimento terá capacidade de acolher 224 pessoas em seu programa de moradia temporária. Será elaborado um plano de ação e acompanhamento dos moradores para que seu tempo de estadia seja em média dois anos, podendo frequentar o CRAR mesmo sem residir, para participar dos cursos e eventos.
A edificação distribui seus usos de forma a oferecer maior segurança aos usuários, sendo áreas mais públicas dos subsolos ao 3º pavimento. A partir do 4º pavimento são locais reservados para moradores e convidados, onde acontecem áreas de lazer privativas e os apartamentos e alojamentos.
Todos os ambientes foram pensados de forma a trazer conforto, integração e privacidade aos usuários através do projeto arquitetônico da edificação.

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