atelier azul: espaço público de arte
Você gosta de arte?
Normalmente, a resposta para essa pergunta é sim. Porém, existem barreiras:
– 75% dos brasileiros não frequentam ou nunca foram a um espaço cultural.
– Entre os diversos motivos, muitos afirmam não se sentirem pertencentes à expressão cultural oferecida para eles.
– A inclusão cultural depende não só da formação de um público consumidor, mas também da redefinição dos valores enraizados.
O atelier azul busca fazer isso, levando mais arte para todos os tipos pessoas. É um espaço gratuito de ensino, fomentação de arte e lazer cultural. Focado em uma mistura de artes visuais e gráficas, incentiva o criar e pensar sobre arte. Aqui a arte é tratada de forma simples, clara e inclusiva.
Como o atelier azul se justifica?
Há um desconhecimento da população em geral com arte. Segundo dados do Ibope, 42% dos brasileiros não praticam atividades culturais com frequência, o que acaba por ocasionar barreiras. Todavia, é nítida a afeição das pessoas pelo mundo da arte, seja através de filmes e séries na televisão ou até mesmo vídeos na internet. A arte sempre encontra uma forma de estar presente. Portanto, o atelier azul se faz necessário. Funcionando como um ponto de referência e partida para a população.
Qual é o lote?
O lote escolhido está localizado na cidade de Porto Alegre/RS, no Centro Histórico, uma área bastante urbanizada. A relação dele junto a cidade é estrategicamente importante no projeto, gerando um vínculo de ligação entre os dois. A escolha do terreno se dá justamente por isso, estar no centro cultural e de fácil acesso para todos.
A testada é para a Av. Independência, via arterial com corredor e pontos de ônibus. Cercado por edificações, intervalos de pátios de ventilação e empenas cegas de diferentes tamanhos. Existe um declive, em torno de 10m, no espaço.
Qual é o conceito?
“A princípio havia um nada, depois havia um nada muito profundo e, depois, havia o azul.” – Yves Klein
A ideia central é convidar o usuário a mergulhar no infinito do azul. Ela nasce de uma concepção de Yves Klein: Le Vide= O Vazio.
É uma ideia similar ao nirvana, um estado de concentração livre de qualquer influência do mundo externo, é uma zona de sensibilidade pictórica imaterial.
Com isso em mente o atelier azul surge, buscando ser um espaço introspectivo, sensível e agradável. Voltado para o interior, os vazios cumprem a função de “le vide” e a circulação exerce o papel de corrente sanguínea, efervescendo neles. O usuário aqui, por meio de uma arquitetura leve, entra em outra zona, ficando livre para o mundo das artes visuais e gráficas.
Como é o programa de necessidades?
O programa teve sua construção após uma série de estudos de caso, foi realizado visitações ao Atelier Livre Xico Stockinger e a Casa de Cultura Mario Quintana em Porto Alegre/RS. A área de cada setor/ambiente é estimada com base neles, divididos entre setor administrativo, cultural, educacional e de apoio técnico.
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