LE CHAIM! CENTRO COMUNITÁRIO ISRAELITA
Israelita, aquele que descende de uma das 12 tribos hebreias.
Aquele que é judeu.
O judaísmo é uma maneira de agir no mundo, uma cultura e religião espiritual baseada na prática. Le Chaim significa “À vida! Termo utilizado em momentos de comemoração.
Le Chaim é celebração.
Os judeus precisam de um espaço que represente os seus 3000 anos de história. Um legado de inúmeras vitórias, mas também sobrevivência, tal instinto que os permite estar presente nos dias atuais.
O programa da edificação traz como proposta: Espaços de Convívio, Exposições, Auditório, Espaço de Dança, Gastronomia, Eventos e Rabinato.
Localizado em Porto Alegre, no Bairro Bom Fim, berço de imigrantes e abrigo de inúmeras etnias e religiões no sul do Brasil, tais como Italianos, afrodescendentes sobreviventes da escravidão e Judeus europeus.
O lote localizado na rua General João Telles, recebe 1584 m², com 73 metros de profundidade por 22 de largura, onde cercado por pré-existências, apresenta grande influência de seu lindeiro residencial em altura, que abafa uma grande mancha do lote em sua orientação norte.
Formado por uma base consolidada, 3 caixas são alocados, cada uma delas inserida por uso, social-circulação-social. As uniões das mesmas formam o corpo. Este pensando em seus vizinhos, recebe uma camada de proteção norte para as inúmeras janelas auxiliando na privacidade.
O conceito: A articulação do abstrato através da personalidade das pessoas que habitaram o local visando aspectos contemporâneos. Liberdade de uso programático e sem contexto fixo.
O térreo se transforma em uma vitrine, onde sua materialidade em vidro, convida o pedestre a conhecer o fundo do lote. Um traçado irregular onde 6 linhas se destacam. Essas mesmas 6 linhas, representam as 6 pontas da Estrela de Davi, símbolo da religião. Cada ponta dita um pilar da cultura: Perdão, Misericórdia, Justiça, Verdade, Bem e Amor.
O fundo do lote apresenta um respiro, uma praça em meio ao grão do bairro. No térreo, junto à praça, apresenta-se um espaço para eventos e apreciação da culinária.
Sua torre onde em cada pavimento um programa social soma-se à um foyer com circulação. Sala de danças, espaço de convívio, onde um acervo de autores judeus é apresentado. Cada pavimento principal é complementado por um mezanino. As uniões de planos elevados com planos principais quebram o aspecto de rigidez e soltam o visitante a conhecer o local. Ainda nos pavimentos acima, mesma lógica acontece para sala de exposições, administração, camarins e auditórios. O coroamento da edificação se dá por um terraço de uso múltiplo e para eventos.
Com estrutura em lajes planas moduladas por múltiplos de 6,25, optou-se pelo uso do sistema de piso elevado no terraço, facilitando impermeabilizações e manutenção. Toda sua fachada é envolvida por U-Glass, tornando-se um edifício lanterna durante a noite. Sua camada de proteção norte, em sistema ventilado, recebe pequenos rasgos para iluminação.
Cada material apresentado representa a comunidade judaica:
O piso irregular pavimento térreo: variações de judeus pelo mundo.
Madeira cerejeira: dramatização, o cultural.
U-glass: luz e esperança.
Metal preto: força.
Deixe seu comentário