CONJUNTO MULTIUSO | o teletrabalho no cenário pós-pandêmico

A chegada da pandemia do COVID-19 causou uma expressiva mudança na rotina da maior parte da população mundial. O distanciamento social utilizado como o melhor – e por muito tempo o único – meio de prevenção à doença fez com que os trabalhadores se vissem forçados a realizar as suas funções de maneira remota.
O tema do teletrabalho já estava sendo discutido muito antes do cenário gerado pela pandemia. No início do século XXI, os avanços alcançados na área da tecnologia da informação (TI) e a globalização digital vinha tornando cada vez mais possível a realização de trabalhos à distância.
Em termos técnicos, a sociedade está preparada para o teletrabalho há anos, porém a falta de necessidade de implementação em larga escala deste tipo de relação fez com que sua difusão ocorresse de maneira mais equilibrada até então.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) realizada pelo IBGE no primeiro trimestre de 2020 coloca o estado do Rio Grande do Sul em 6ª posição, com aproximadamente 1,3 milhões de pessoas em potencial de teletrabalho.
Entrelaçado à este assunto encontram-se as questões arquitetônicas e urbanísticas que devem se propor a suprir as necessidades dos cidadãos, com uma oferta de cidade (re)pensada para múltiplos usos.
Portanto, um projeto que se propõe a ofertar moradias com plantas multifuncionais, espaços de trabalho privativos e públicos, espaços de lazer e comércio de bens e serviços tem o poder não apenas de facilitar o dia-dia de seus usuários, como também de trazer maior segurança para a região.
De acordo com o que foi apresentado, a proposta tem como principal intenção oferecer aos moradores da região do 4º distrito de Porto Alegre um espaço que aproxime o trabalho da moradia, por meio de um conjunto multiuso que permita diferentes níveis de conexão entre os dois, e que se propõe a atender as necessidades geradas por esta relação, levando em consideração hábitos trazidos pela pandemia e que podem vir a fazer parte, cada vez mais, do cotidiano da população.
Pretende-se ainda, estimular a densificação populacional na região em diferentes períodos por meio da diversidade de usos com espaços flexíveis, que abriguem espaços públicos de lazer, trabalho, descanso e comércio de bens e serviços.

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