Complexo Santa Rita | Revitalização

Complexo Santa Rita | Revitalização

O projeto refere-se à Revitalização do Parque Santa Rita, localizado no Município de Farroupilha, na Serra Gaúcha. O Parque está completamente abandonado, já fez parte da história do município, porém hoje, está caído no esquecimento e à mercê de constantes vandalismos, razão pela escolha desta área para revitalização.
Busca-se recuperar os valores paisagístico, estético e turístico, por meio de uma releitura das origens do Parque. Soma-se a esta revitalização a recuperação ambiental da Pedreira Municipal, aliada a um espaço de lazer e entretenimento cultural aos turistas. Para tanto, procura-se atender no Parque as atividades de maior carência a nível regional, municipal e urbano, tais atividades são voltadas às demandas sociais e de lazer.
As diretrizes e estratégias adotadas possuem temáticas ligadas a memória do local; preservação da cultura indígena, uma vez que dentro do Parque existe uma aldeia de etnia Kaingang; a recuperação ambiental do Parque; e preservação da função ecológica da área. A intervenção começa de fora para dentro, ou seja, a partir da via de conexão do Complexo, melhorado a qualidade ambiental da mesma, proporcionando identidade, legibilidade e orientação aos usuários, além da previsão de prolongamento da rede cicloviária que garante um modal sustentável de acesso.
Adotou-se o centro do Parque como o coração do complexo, atuando como uma força que atrai os usos e atividades propostos, assim sendo, todas as atividades se desenvolvem no entorno deste “coração”. Além disso, utilizaram-se como premissas para o lançamento do partido o respeito ao existente de maneira a alterar a menor quantidade de curvas possível, elevando os caminhos do solo; contrastar com o existente por meio de uma geometria regular; conectar as partes proporcionando acessibilidade a todos os usos; e garantir a permeabilidade do solo.
A área do Complexo possui muitas restrições ambientais, que se tornaram condicionantes projetuais, dentre elas a topografia, áreas de preservação permanente, preservação da mata nativa e as paisagens do entorno. Desta forma elevar os caminhos do solo, por meio de estruturas metálicas, proporcionando a sensação de que a intervenção pousou sobre o terreno, adotando um material drenante e geometria regular foram as alternativas utilizadas para atender a estas restrições, respeitando-as.
Distribuiu-se dentro do Complexo 50 diferentes tipos de atividades, incluindo um teleférico e um funicular. Destaca-se que a aldeia Kaingang também se tornará um espaço atrativo do Parque, onde foi desenvolvido um Centro Cultural Indígena e uma nova tipologia residencial, melhorando a qualidade de vida da aldeia.
O Parque proporcionará aos usuários atividades como academia ao ar livre, quadras poliesportivas, pistas de caminhada, ciclofaixa, trilhas ecológicas, restaurante/café, stand up paddle, workplaces, um o Museu a Céu Aberto, que constitui a recuperação ambiental da Pedreira Municipal, nele podemos encontrar atividades como palco multiuso, pedra esculpida, espaço dança, escalada na pedra, rapel, elevador panorâmico e mirantes. E para possibilitar algumas atividades aquáticas foram necessárias a implantação de wetlands, que apresentam eficiência de até 80% no tratamento do esgoto doméstico que chega até o lago do Parque por meio de dois córregos.

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