Centro de Apoio e Valorização do Produtor Local – Arroio Grande / RS

O Centro de Apoio e Valorização ao Produtor Local foi projetado para a cidade de Arroio Grande, localizada na região sul do Estado brasileiro do Rio Grande do Sul. O projeto é voltado para a produção e consumo consciente, com foco na sustentabilidade e valorização da mão de obra local.
Tendo em vista a demanda por serviços e entretenimento para os viajantes que passam pela BR 116, rota de intenso fluxo que privilegia a posição da cidade por ser o caminho mais curto entre a capital gaúcha e o Uruguai, o projeto tem como objetivo atrair este público através de espaços que valorizem os produtos da região, estimulando o empreendedorismo de pequenos núcleos sociais e familiares.
Considerando a atual mudança de hábitos de consumo e uma maior busca por produtos mais frescos e saudáveis, produzidos através de práticas sustentáveis, o projeto busca favorecer também o desenvolvimento social regional, através do estímulo ao consumo consciente, atrelado ao fortalecimento cultural.
O espaço pretende oferecer cursos, palestras e oficinas, com o intuito de diversificar as fontes de renda, levando conhecimento sobre novos estudos e técnicas à comunidade, tornando-se assim um local de aprendizado, encontro, lazer e comercialização, de modo a incentivar a produção e o consumo de alimentos locais e mais saudáveis, resultando em melhor qualidade de vida.
Sendo assim, o conceito é resumido em 4 pilares: incentivar, valorizar, desenvolver e fortalecer, seguindo os preceitos da sustentabilidade e suas dimensões.
A proposta busca trazer a materialização dessas ideias através de uma arquitetura sustentável como modo de englobar todas as diretrizes que norteiam este projeto, destacando as dimensões da sustentabilidade como um todo (social, ambiental, econômica e cultural) buscando princípios da arquitetura bioclimática, de forma a minimizar os impactos da construção, trazendo equilíbrio com o ambiente natural em que será implantado.
O projeto evidencia a forma geométrica simples de três volumes de apenas um pavimento, visando a coerência com o tema e o local onde está inserido. O partido arquitetônico surgiu da inspiração de construções como estufas e galpões, sendo uma releitura destes, que são comuns em zonas rurais, tornando-se referência para a atual proposta.
O espaço da feira foi pensado para ser o centro do projeto, proporcionando um local de encontro e convivência. Sendo assim foi proposta uma volumetria de destaque visual, através da utilização de uma cobertura com o pé direito mais alto e forma orgânica.
Neste sentido, o tema aqui proposto ganha força ao buscar criar um espaço que permita o desenvolvimento sustentável através de um local para troca de experiências, com diferentes aulas, oficinas e palestras. Além do incentivo à produção familiar o projeto também visa a inserção da agricultura orgânica no município, além da melhoria dos canais de comercialização, obtendo maior aproximação entre produtores e consumidores, valorizando os produtores locais e fornecendo incentivo para suas atividades.