REQUALIFICAÇÃO DA ORLA DO POTI,
PARQUE FLORESTA FÓSSIL II

O projeto é uma requalificação na orla do Rio Poti, localizado em Teresina, capital do Piauí. A cidade não possui muitos parques urbanos ou áreas de lazer, criando uma lacuna no desenvolvimento e qualidade de vida de seus habitantes. Nomeado de Parque Floresta Fóssil II, o espaço é tratado como uma extensão do Parque Floresta Fóssil I, que possui troncos fossilizados de 270 milhões de anos. Ainda que inclua uma parcela do terreno tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), encontra-se atualmente em situação de total abandono e descaracterização, resultado de queimadas e desmatamento na área.

O projeto de integração e conservação ambiental é representado no projeto através da sobreposição da planta baixa contendo a legislação aplicada ao terreno, resultando na setorização do projeto. O incentivo ao plantio de árvores da região, atividades de lazer e estudo dos fósseis, conexão com a história do rio Poti e a cidade de Teresina, possuem como finalidade conduzir os visitantes a um sentimento de pertencimento ao local, estimulando o cuidado e preservação.

O parque compõe uma área total de 24 hectares divididos entre setor ativo, contemplativo, administrativo, estacionamento e cultural. Dentro de cada setor, há um elemento de maior destaque que compõem os pontos de interesse principal do projeto. São eles: Ativo – ciclotrilha, localizada na parte tombada do terreno, atribuindo um uso que não agride o meio ambiente. Contemplativo – deck que envolve toda a orla do parque, desenvolvido como uma área de lazer passiva, e conta com uma rede de corda naval, destinada para descanso e apreciação do pôr-do-sol às margens do rio Poti. Administrativo – está presente nas edificações. Pensando na sustentabilidade, desenvolvemos alguns pontos: todas as construções do parque são feitas de container, com seu devido tratamento térmico e acústico, os banheiros possuem biodigestores para o tratamento do esgoto, e resto de comidas dos food trucks e praça de alimentação do parque também passam por um biodigestor que transformam esses dejetos em gás de cozinha. Estacionamento – área para carros, coberta com placas fotovoltaicas devidamente calculadas para alimentar toda área do parque. Cultural – Focado na floresta fóssil como momento de contemplação e aprendizado.

As atividades caracterizadas no parque não só criam novas modalidades de lazer, como dog park, trilhas e ciclotrilhas, mas também abraçam desejos da população (quadras, praça de alimentação e área de food trucks) apurados através de entrevistas de pesquisa na etapa de levantamento.