PARQUE TECNOLÓGICO EM VACARIA
Este Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo o desenvolvimento de um Parque Tecnológico com ênfase no ensino através do lazer em Biotecnologia, localizado na cidade de Vacaria, Rio Grande do Sul.
Vacaria possui 61.242 habitantes (IBGE, 2010) e é conhecida internacionalmente pelo Rodeio Crioulo Internacional, recebendo aprox. 300 mil pessoas a cada festa, e pela forte produção e exportação de maçã. Em termos de infraestrutura de acesso, a cidade é privilegiada, sendo cortada pela BR-116, pela BR-285 e pelo tronco ferroviário, ainda ativo e utilizado apenas para cargas.
Devido à produção da maçã e das pequenas frutas em larga escala, a agroindústria utiliza defensivos agrícolas muitas vezes tóxicos para os seres humanos, causando diversos problemas de saúde. Por este motivo, o Parque abrigará o Instituto de Biotecnologia da Serra Gaúcha, sendo comandado pela universidade local e alavancando as pesquisas em agroquímicos mais amigáveis, podendo aplicá-los in loco, em uma horta experimental e de permacultura e vender para a comunidade os produtos resultantes em um mercado de orgânicos que será criado no entorno imediato.
A área de intervenção foi escolhida levando em consideração os critérios sugeridos pelo LEED (selo de sustentabilidade) e a proximidade com à universidade em Vacaria. Foi selecionado um vazio urbano na borda entre a BR-285 e o antigo aeroporto, o qual parte de um grande projeto de revitalização urbana. Com 80.000m², o local é considerado uma Zona Especial de Interesse Social pelo Plano Diretor Municipal e a única restrição é a construção de empreendimentos poluentes ou industriais.
O projeto do Parque resolve as interfaces através de praças lineares e conexões bem definidas. Para a população do entorno, é proposta a readequação dos passeios, vias e praças existentes. Para diminuir a necessidade de ir até o centro da cidade, o parque também abriga o Centro de Serviços, com farmácia, bancos, correios e outras facilidades, criando uma nova centralidade.
Aliado as pesquisas em biotecnologia, o local abriga vários espaços voltados ao turismo e ao aprendizado de forma lúdica em como os agroquímicos agem nos animais, nos humanos e nas plantas. Estes edifícios são pequenos museus de ciência interativos que trabalham com altas tecnologias de áudio, vídeo, odores, sensações e são projetados com formas orgânicas e não usuais.
As edificações são projetadas para reaproveitar as águas pluviais e gerar energia através de placas fotovoltaicas, além de possuir estrutura para circuitos de visitação, demonstrando na prática como estes sistemas funcionam. Já para a resolução da BR-285, a preocupação foi o tratamento das águas de superfície através de jardins de chuva e canteiros.
A união de todas estas ênfases, aliadas à sustentabilidade, busca criar um novo arranjo produtivo local, interligando a agricultura, o turismo e as inovações tecnológicas em busca de fortalecer a educação, a saúde e o Polo Tecnológico da Serra Gaúcha.
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