A paisagem, mais do que uma bonita vista, é o produto da relação que o homem forma com a natureza na consolidação e construção do seu território.
O desenvolvimento das sociedades, trouxe impactos ao meio ambiente, porém, quando se destrói uma paisagem parte da identidade, da memória e dos valores também são perdidos.
Vemos os resultados que a urbanidade nos trouxe e saímos em busca da qualidade de vida que o contato com a natureza nos proporciona. Sendo assim, a paisagem passa a ser uma preocupação não só do ponto de vista ambiental, mas também como espaço de vivência, lazer, e conservação da nossa identidade.
No que se trata de paisagem e pertencimento, infelizmente, não damos a devida importância às nossas exuberantes paisagens do litoral gaúcho, sendo o Parque da Guarita o principal deles, com grande procura nas temporadas de verão, despertando nos visitantes o interesse pela paisagem preservada, a busca de esportes radicais e desejo de uma hospedagem no local. A principal atividade econômica da cidade é o turismo representando praticamente 40% da receita total do munícipio, é um dos maiores responsáveis pela expansão da construção civil verificada em anos recentes (IBGE, 2010). Seguidamente o comércio, com 31%, porcentagem que resulta da atividade do turismo, sendo o comércio varejista e de alimento responsáveis.
Atualmente o Parque da Guarita atrai mais de 30 mil visitantes todos os anos, sendo uma referência no lazer ambiental e apresenta grande potencial para atividades de esportes de aventura, observação de espécies, fauna e flora, mirantes naturais e trilhas, sendo estas algumas das atividades que o parque possui, devido ao seu aspecto geológico, e o posicionamento das torres encontrando mar.
Faz-se necessário diversificar as opções de visitação e qualificar os serviços e produtos para uso público. Desta maneira, buscar-se-á impulsionar o desenvolvimento do turismo regional, e promover maior conhecimento e informação sobre o parque.
A proposta do presente trabalho é, portanto, a de estudar a implantação de infraestruturas de recebimento dos visitantes, pois com a revitalização o Parque pode ser devolvido à cidade, desempenhando uma função que vai além da contemplação: a relação humana com a natureza. Além de impulsionar o turismo local através de serviços de hospedagem, educação ambiental e apoio a esportes.
“A natureza não é uma simples portadora de vida, mas um próprio sistema vivo que pede reverência.”
– José Lutzenberger
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