O partido adotado determina a criação de um projeto em consonância com o contexto urbanístico da cidade. O plano de ação para a revitalização e expansão da sede administrativa partiu de alguns pressupostos fundamentais como: ocupação do lote com ênfase a integração dos usuários ao seu entorno; transparência em escala humana para o Parque Getúlio Vargas; hierarquias determinadas pelas pré-existências do terreno; atender seu extenso programa de necessidades; escolha do sistema construtivo claro e racional. O projeto se expressa no formato de um prisma, paralelo a atual sede administrativa seguindo suas proporções, composto por metal e concreto, que flutua delicadamente sobre o pilotis com pé direito duplo. Este espaço busca transferir o acesso visual e físico ao Parque Getúlio Vargas, formando uma grande área sombreada, com acesso para todos e a qualquer tempo, formando, de certa forma, “um gesto de generosidade” do edifício para a população. Este prisma é envolvido e protegido por cobogós, desenvolvido pelo autor partindo de galhos das videiras e por chapas metálicas perfuradas, ambos os revestimentos remetem a história da cidade, partindo da colonização italiana até a sua expansão no polo metal mecânico. A disposição dos elementos construídos é uma resposta direta ao programa de necessidades. No prisma metálico acima do pilotis e na atual sede encontram-se as áreas de trabalho administrativas, dispostas em diversos pavimentos com distribuição conforme o fluxo de pessoas exigidas para as mesmas, sua base abriga a comunicação subterrânea, a praça cível e o extenso pilotis, que são banhados por um imenso espelho d’água.