Este trabalho tem como proposta a criação de um Museu de Ecologia em homenagem ao centenário de nascimento do ecologista gaúcho José Lutzenberger, que ocorrerá em 2026. Propõe-se um espaço de museu junto a jardins a céu aberto nas antigas pedreiras do Morro Santana em Porto Alegre. O Museu tem a intenção de abrigar espaços de exposição permanente de acervos ligados a fauna e flora (reconstituindo as principais espécies nativas) do Morro Santana, e também de discutir a preservação ambiental em um espaço convidativo com áreas de educação e lazer. O Programa inclui um memorial dedicado a Lutzenberger, espaços de exposições permanentes e temporárias, auditório, biblioteca para pesquisa científica ligadas à ecologia e ateliês para cursos e palestras sobre educação ambiental, cultivo sustentável e paisagismo natural.
O Museu de Ecologia, além de expor e catalogar espécies de fauna e flora, também serve como espaço para discutir a importância da preservação ambiental, causa pela qual o ambientalista Lutzenberger dedicou-se ao longo de sua vida, portanto é oportuno que na escolha do local se resgate questões de proteção e reabilitação do meio ambiente. Dessa forma entende-se que as pedreiras do Morro Santana, que foram desativadas ainda nos anos de 1980, servem como local propicio para essa proposta de projeto, pois tratam-se de um problema ambiental ocasionado pelas atividades de mineração que no passado ocorreram ali sem a preocupação com a preservação ambiental e geraram a eliminação da vegetação e da fauna existente. A implantação do projeto nesse local permite, desta forma, além da exploração dos visuais da cidade (possibilitada devido a altitude do morro), a reflexão sobre a preservação de áreas verdes em meio ao tecido urbano, onde a edificação construída torna-se promotora de um espaço de preservação, valorização e revitalização de um espaço com entorno natural degradado.
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