Identidade Trilhada

 

 

O transporte ferroviário fez parte do desenvolvimento de muitos municípios. Povoamentos originaram-se próximos às estações ferroviárias, sofrendo expansão ao longo do tempo. Decorrente desse processo, algumas ferrovias acabaram sendo comprimidas pela malha urbana, agora interpretadas como um limite, físico e psicológico, ao serem gerados problemas sócio espaciais.
A proposta urbana visa resgatar a identidade de Carazinho-RS, tornando-a uma rede urbana coesa. A ferrovia é um elemento marcante, sendo estratégico torná-la o espaço público que conecta a cidade, capaz de convergir o fluxo e conduzir a população a grandes equipamentos sociais.
Cada região da cidade já constituiu seu caráter, portanto setorizou-se a área em 3 trechos, instituindo-se usos públicos a 3 marcos urbanos, que passam a ser pontos focais: o Elevador de Grãos, a Estação Ferroviária e o Silo.
A infraestrutura da ferrovia que intercepta a cidade passa a acomodar um bonde elétrico público, ciclovia e caminhódromo, possibilitando a intermodalidade de transporte.
No novo eixo urbano (com intenção de movimento), o indivíduo adquire a sensação de pertencimento, de estar trilhando uma história junto à cidade. Busca-se a ideia de continuidade, fluidez, e condução aos três pontos focais (agora de pausa), de aproximação e convívio social. A dificuldade de transposição da ferrovia é tratada também com a criação de peatonais, explorando vazios urbanos de quadras e consolidando os “atalhos” criados pelos moradores.
O conceito é aplicado de modo a reafirmar a identidade carazinhense, ao longo da área de intervenção, onde concretiza-se o DNA de Carazinho.

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