Inovação e tecnologia na mobilidade urbana surgem como os principais assuntos relacionados a prática do “fazer cidade”. A conexão entre espaços foi facilitada pelo uso das tecnologias da informação, porém as constantes transformações globais, necessitam de transportes mais eficientes a fim de garantir competitividade e menor tempo de deslocamento. Uma infraestrutura de mobilidade sustentável possibilita conectar cidades distantes e criar um sistema global de desenvolvimento econômico-socioespacial, com energia limpa e baixo custo operacional. Neste sentido, um dos meios de transporte que se destaca no grau de inovação e tecnologia é o Hyperloop. Cápsulas pressurizadas flutuam em uma camada magnética dentro de tubos despressurizados, não havendo resistência de atrito de trilhos e do ar, chegam a ultra velocidades que variam de 600 a 1.200Km/h, conectando cidades, reduzindo distâncias e criando cadeias produtivas de melhor logística, além de uma economia circular e compartilhada.
Com base em estudos de implantação de uma rota do novo transporte entre Caxias do Sul/RS e Porto Alegre/RS, desenvolve-se o projeto de linhagem arquitetônica de um dos Terminais de Passageiros do Hyperloop. O local escolhido fica nas proximidades do Aeroporto de Porto Alegre e é justificado pelo impacto local, regional e potencial econômico da região de influência que a Estação Hyperloop estará implantada.
Conceber um equipamento urbano (terminal de passageiros) por meio de tecnologias atuais e futuras, requer que fluxos organizacionais e operacionais se delimitem em meio coeso. Além disso, pelo caráter excepcional do uso, a composição formal delimita iconicidade, monumentalidade e tipologia ímpar na cidade. Uma edificação com caráter novo, ou seja, com inovação no uso que irá desempenhar, participa de uma série de condicionantes quanto: (a) como o tema irá desenvolver a forma; (b) qual forma é pertinente para o equipamento urbano; (c) como a forma se relaciona com a materialidade e (d) como ser ponto de referência e criar uma imagem do lugar. Deste modo toma-se como base o sistema tecnológico operacional do comportamento das cápsulas do Hyperloop para conceituar o partido. As cápsulas são pressurizadas e flutuam em uma camada magnética dentro de tubos. Além disso, a geometria da cápsula fora desenvolvida para aumentar a aerodinâmica, princípio análogo ao vácuo. Sem tocar os trilhos, as cápsulas flutuam em um bolsão de ar. Se materializa este flutuar fazendo com que haja um pouso do volume sobre o solo, uma escultura tocando a praça, mas pronta para partir. Com rigorosas linhas, uma cobertura é delimitada em 200x200m configurando uma praça coberta, praça foyer, o receptivo das pessoas e espaço para eventos. A partir da cobertura há uma aproximação com o solo, em forma orgânica, tangenciando o cilindro de apoio que fica em subsolo. Volumetria com linguagem futurista, linhas pensadas na aerodinâmica e que está pousando sobre a praça. Esses princípios delimitam o início da experiência do usuário no uso do novo meio de Transporte, o Hyperloop.
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