O projeto foi desenvolvido em uma área com grande simbologia histórica para a cidade de Bagé, pois lá foi localizado o mercado público da cidade, (demolido após diversos problemas de infraestrutura), após a demolição foram realizadas propostas para o chamado “Complexo Cine Hotel Consórcio”, (Área com bloco de apartamentos, escritórios, hotel e cinema), porém, devido a problemas de ordem financeira apenas o Cinema acabou não sendo concluído, deixando, atualmente pré-existência da estrutura inacabada. O nome faz referência a proposta feita após a demolição, “Cultural” pelo programa que vai ser desenvolvido e ao “Grupo de Bagé” que foram artistas reconhecidos nacionalmente com origem bajeense. Assim, a proposta de programa para o projeto é a releitura do local contando com pavimento térreo elevado sob pilotis com cafeteria, livaria, espaço para exposições e palco para pequenas apresentações, ainda o complexo conta com escritórios Coworking, restaurante, terraço-jardim e auditório.
Na proposta há diversos traços das referencias arquitetônicas como o uso do concreto aparente, vidro, subtrações assimétricas, pilotis, entre outros. Já a referência teórica, Jane Jacobs, foi utilizada com alguns de seus conceitos como: Os olhos da rua – Necessita olhos para vigiar a rua, os olhos daqueles que podemos chamar de seus proprietários naturais. Também os edifícios que ladeiam a rua devem ser orientados para ela. Não devem nem oferecer-lhe uma fachada cega. Humanizar o local fazendo interagir com a cidade, não colocando limites no seu térreo e dialogando com os edifícios vizinhos em 3 das 4 fachadas possíveis através de aberturas. O homem procura o homem, pessoas chamam pessoas. Estimular uma rua viva para que sempre possua simultaneamente usuários e observadores. Contra o zoneamento de funções, direcionar um espaço apenas para uma atividade acaba limitando os usuários e fluxo de pessoas a serem atingidos.
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