“Criatividade é a inteligência se divertindo.”
Albert Einstein
A economia criativa vem se sobressaindo nos últimos anos pelo seu rápido crescimento. Isto, vem em resposta ao que se projeta como futuro para a economia, tornando necessário o surgimento de um espaço que promova o coletivo de profissionais criativos, a fim de que haja o fortalecimento da área e seja possível qualificar os profissionais, principalmente em localidades onde a economia é baseada na indústria e dessa forma os desafios econômicos também surgem de maneira severa, como no caso da cidade de Farroupilha – RS, cuja a economia é baseada na indústria de transformação.
Para a escolha da área de intervenção foram considerados os seguintes critérios: proximidade com a prefeitura da cidade e das instituições de ensino, espaços culturais, bem como possuir fácil acesso ao transporte público. Outro fator importante, foi a busca de conexão com a história local, para que a área de intervenção possua significado e valor aos usuários. Por isso, foi escolhida uma área onde há um Casarão, construído em 1946, por um visionário que instalou diversos comércios, no então, povoado de Nova Vicenza Nova, apoiando a expansão da nova centralidade que viria a se tornar Farroupilha. Assim, o projeto busca, além de fortalecer a economia da cidade, contar a sua história, unindo os dois símbolos dos paradigmas econômicos que existiram/existem/existirão.
Em um mundo onde as fronteiras reais são cada vez menos relevantes, tentou-se criar um projeto que não possuísse um perímetro rígido, que o espaço não fosse contido em si, que avançasse fronteiras e convidasse o usuário a adentrar o edifício. Para isso, utilizou-se planos em concreto aparente, associado a grandes panos de vidro e vegetações para reforçar as trocas de visuais e tornar a forma mais leve, mantendo destaque para o casarão e permitindo a leitura das duas épocas de construção. Outro conceito que apoiou a concepção do projeto, foi de biofilia aplicada à arquitetura, efeito utilizado para estimular o processo criativo.
O Hub pode ser acessado por três diferentes vias, gerando um grande fluxo de usuários onde é criada uma praça interna, na qual é reforçada a ideia de espaço sem fronteira rígida que converse com os edifícios e como um elemento articulador, proporcione diversas oportunidades de passagem e conexões. Acima desta, no novo edifício, é proposto um grande vazado para que haja troca de visuais entre o Casarão e a prefeitura, podendo ser usado como um amplo espaço para eventos, voltados tanto para a praça interna, quanto para a praça da prefeitura.
Assim, foi possível criar um local onde convivem, em um mesmo território, locais de trabalho, valor histórico, educação, cultura, espaços verdes e de lazer. O que visa, por fim, um projeto de integração social, motivado pelo impacto econômico e urbano, criando um harmonioso espaço de criatividade, conhecimento e inovação.
Deixe seu comentário