O mais recente Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA) aplicado em
2018, foi realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE). A referida Organização aplicou testes em 79 países avaliando a capacidade em
leitura, matemática e ciências, de seus alunos com idade próxima de 15 anos. O Brasil foi
listado no ranking na 57ª posição, além do programa concluir que os estudantes brasileiros
recém-egressos do ensino fundamental não cumprem em maioria o nível básico dos
conhecimentos para exercerem o uso pleno da cidadania.
A realidade vivenciada atualmente em escala nacional demonstra uma necessidade de
atualização do processo educativo. Questões surgem acerca de novas metodologias
pedagógicas a serem abordadas, aplicação de tecnologias inovadoras ao aprendizado e
qual deveria ser o grau de autonomia que deve ser dado a crianças e adolescentes nesse
contexto educacional. Contudo, questiona-se se os espaços escolares estão preparados
para a aplicação de novas metodologias pedagógicas.
Uma nova realidade é apresentada por escolas que estão buscando aliar espaços ricos
em experiência, processos educacionais ativos, com participação dos alunos nas decisões
sobre o seu ensino, o que causa maior identificação por parte de seus usuários. Em muitos
casos, o método de ensino comum não prioriza os interesses e aptidões dos alunos. Com
as transformações e aceleração na forma de obtenção de informações realizada pela
inserção da tecnologia de comunicação no cotidiano da população em geral, a forma de
ensino vertical comumente realizada é baseada na exposição de conteúdos através de um
professor à diversos alunos, sendo desinteressante. Já que, atualmente em uma tela de
smartphone é possível serem acessados diversos conteúdos simultâneos. Assim, surge a
necessidade de transformar o ensino passivo em ensino ativo aos aprendizes, considerando
atividades que estimulem o interesse ao aprendizado.
Considerando as necessárias mudanças no ensino citadas, foi identificada a necessidade
de planejamento de um novo espaço físico para a Escola Tenente João Pedro Menna
Barreto (E.M.E.F. Ten. J. P. Menna Barreto). Os espaços da instituição, localizada no
município de Santa Maria, Rio Grande do Sul, foram construídos em 1984, estão
degradados e não acompanharam as demandas da sociedade atual, além do terreno em
que se localiza não comportar aumento do seu atual espaço físico. Nessa perspectiva, o
presente trabalho busca o planejamento do espaço para uma Escola de Ensino
Fundamental que rompa o vínculo com o modelo padronizado construído em grande escala
na rede pública de ensino no país e promova a arquitetura com identidade, incentivo à
apropriação pelos alunos e relação democrática com seus usuários
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