JARDIM ITU – A Célula como elemento estrutural da paisagem

O terreno escolhido é a Praça Miguel Anibal Genta, localizada no bairro Jardim Itu,
na capital de Porto Alegre. Atualmente, se encontra em bom estado, com intervenções
pontuais com um mobiliário urbano comum: bancos, lixeiras, postes de iluminação, um
playground, traves de gol em um gramado sem desenho de quadra visível. A região, porém,
se encontra dentro da Macrozona 03 de planejamento urbano, onde é incentivada o
preenchimento de vazios urbanos, a potencialização de articulações metropolitanas e a
criação de novas centralidades.
Por diretriz, o Plano Diretor de Porto Alegre dá estímulos para que ali se desenvolvam
diversas atividades de comércio e serviços de lazer misturados ao uso residencial. No Plano
de Investimentos e Serviços realizado para a Região do Orçamento Participativo (ROP) Eixo
Baltazar, da qual o bairro Jardim Itu faz parte, foram escolhidos como prioridade dentro de 16
temas: Habitação (Peso 4), Cultura (Peso 3), Assistência Social (Peso 2) e Esporte e Lazer
(Peso 1).
Como solução às demandas foi proposto um projeto paisagístico para a praça,
quadras, pista de skate, quiosques e uma edificação que oferecesse o funcionamento de uma
Estação Cidadania, um programa da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Cultural, onde
acontecem ações culturais, oficinas e serviços de assistência social de uma unidade dos
Centros de Referência em Assistência Social (CRAS).
A estratégia do projeto foi utilizar as árvores preexistentes como ponto de partida para
os núcleos das células de um diagrama de Voronoi. Após levar em conta essa vegetação
nativa da praça, se posicionou uma malha de pontos aleatória, a uma distância mínima de 7m
entre os pontos. Com isso, se montou uma base conceitual para que se pudesse realizar um
projeto paisagístico através da malha que foi gerada.

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