Centro Cultural e Memória da Justiça do Trabalho da 4ª Região – Porto Alegre / RS.

Centro Cultural e Memória da Justiça do Trabalho da 4ª Região – Porto Alegre / RS.

O presente trabalho tem por objetivo a Requalificação e Revitalização do Prédio 1 do Foro Trabalhista de Porto Alegre/RS, transformando-o no Centro Cultural e Memória da Justiça do Trabalho da 4ª Região. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, possui nas suas dependências espaços destinados a preservação, exposição, pesquisa e estudos sobre a justiça trabalhista. Atualmente esses espaços estão distribuídos em locais distintos.
Através de estudo e pesquisa, pode-se identificar a necessidade de unificar os elementos culturais para preservação da memória da justiça do trabalho num único local de grande movimento, representando um ponto de união, trazendo maior visibilidade e acesso para comunidade.
Com a tendência de redução no número de novos processos trabalhistas e com implementação do Processo Judicial Eletrônico, será possível reduzir a quantidades de varas do trabalho em Porto Alegre, possibilitando a desocupação do prédio 1 do Foro Trabalhista de Porto Alegre, tornando assim, viável a criação do Centro Cultural e Memória da Justiça do Trabalho, o Foro de Porto Alegre continuará funcionando nos prédios 2 e 3, direcionando as pessoas a circularem pelo prédio 1 antes de acessarem o Foro.
Em 2013 o acervo histórico do Judiciário Trabalhista passou a ser patrimônio público e patrimônio da humanidade (título conferido pela UNESCO aos Processos Trabalhistas do TRT da 4ª Região de 1935 a 2000).
O Foro Trabalhista foi projetado em 1974, prestes a completar 50 anos, por um dos pioneiros da Arquitetura Moderna Brasileira no Sul, o Arquiteto Emil Bered, que teve sua obra construída e inaugurada em 1979.
Edifício público modernista caracteriza-se por um bloco único, todas as quatro fachadas possuem elementos de concreto celular pré-moldados que foram usados como elementos plásticos marcantes e com a função de regular a incidência do sol sem impedir a transparência e vistas para o rio Guaíba, em especial a fachada oeste.
O prédio requalificado abrigará o Memorial, a Escola Judicial e a Biblioteca Judiciária, junto com a reestruturação da edificação existente, foi prevista a construção de um auditório anexo ao prédio com capacidade de 147 lugares, elevado sobre um espelho d’água com fachada em concreto com elementos em alto relevo em comemoração aos 80 anos da CLT (Consolidação das leis trabalhistas) 1943-2023, além de uma esplanada aberta ao público e um espaço de contemplação na cobertura.
“A importância dos arquivos do judiciário trabalhista, como afirmação do valor histórico da Justiça do Trabalho, ressaltando que a preservação da sua memória é fundamental no reconhecimento do papel que a instituição desempenha na organização social, bem como a relevância que seus estudos propiciam no campo da história social e da própria história da cidadania, é essencial que lutemos pela sua conservação.” (RANSOLIN,2008)

Deixe seu comentário