SESMart – Requalificação do Centro Histórico e da Orla do Rio Taquari em Lajeado/RS

A SESMart é um projeto de intervenção de requalificação urbana, que tem
por objetivo preservar a história, a cultura e a identidade local. Além disso, objetiva
retomar e qualificar a vitalidade da área de estudo, buscando melhorar a qualidade
de vida da comunidade. Localizada na cidade polo de comércio e serviço do Vale do
Taquari (117 km de Porto Alegre), a SESMart pode impactar não somente na vida
dos lajeadenses que utilizam esses espaços, mas também na vida de inúmeras
pessoas que vêm para a cidade para o trabalho ou lazer.
Abordando o urbanismo na perspectiva de gênero, busca-se evidenciar as
dificuldades encontradas pelas mulheres ao simplesmente frequentar a urbe, e junto
a isso, propor estratégias e diretrizes que possam transformar esses espaços em
áreas seguras para todas e todos vivenciarem.
O projeto é dividido em três escalas: macro, meso e micro, sendo essas o
bairro Centro, um recorte do Centro Histórico e da Orla, e duas ampliações,
respectivamente. Inicia-se com um estudo seguido de uma análise, que se configura
como o diagnóstico para, em seguida, realizar o prognóstico e a matriz FOFA, que
guiará as escolhas e decisões ao longo da proposta.
Na escala do Centro, propõem-se um novo zoneamento para o plano diretor
municipal, tendo em vista às características específicas da área que não estão
sendo abordadas no plano atual. Ademais, a qualificação da infraestrutura
cicloviária, propondo a criação de um circuito que conecte as vias; a implementação
de faixas exclusivas de transporte público; criação de rotas que incentivem a
utilização do espaço público como áreas de permanência, lazer e inclusão;
realocação de famílias em áreas mais vulneráveis às cheias do Rio Taquari; além de
um sistema de espaços abertos integrados, qualificando os parques e praças
existentes e conectando esses por meio de corredores verdes.
Na mesoescala apresenta-se o redesenho da infraestrutura urbana
considerando as estratégias do urbanismo na perspectiva do gênero. Com isso,
definem-se também alguns equipamentos para as rotas propostas, bem como a
requalificação das ruas com o ajuste dos perfis viários.
A partir disso, é possível definir as ampliações para a microescala, nas quais
pode-se observar a aplicação dos mobiliários urbanos escolhidos, as ambientações
dos espaços, e de outros elementos fundamentais para a transformação do espaço
público.
Por fim, apresenta-se o plano de viabilidade da proposta, listando alguns
instrumentos que podem ser utilizados de forma a tornar essa operação urbana
consorciada exequível. Aliado a isso, define-se um cronograma de implementação
dividido em 3 etapas: curto (4 anos), médio (8 anos) e longo prazo (12 anos).

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