Atualmente, o câncer é uma das principais causas de morte da população. Ele não afeta apenas a saúde do paciente, mas também interfere em sua vida cotidiana e na de sua família, causando mudanças físicas, psicológicas e sociais. A Liga Feminina de Combate ao Câncer, localizada na cidade de Panambi/RS, foi fundada em 1999 e é uma instituição sem fins lucrativos que oferece apoio financeiro, físico e psicológico a pacientes de baixa renda que dependem do SUS. Além disso, ela atua na divulgação sobre a prevenção da doença. Suas principais fontes de renda são o brechó, rifas e doações.
A instituição funciona em uma residência alugada, que não atende adequadamente às necessidades de espaço e acessibilidade. Diante disso, identificou-se a necessidade de um projeto arquitetônico específico, que atendesse de maneira mais eficiente às demandas da Liga, proporcionando mais conforto para os pacientes e voluntários.
O projeto, denominado “Renascer”, simboliza o renascimento dos pacientes que superam o câncer, sendo esse o objetivo de todos que buscam o apoio da instituição. O conceito do laço rosa, tradicionalmente associado à luta contra a doença, foi utilizado como inspiração para o desenvolvimento da proposta. Com suas curvas suaves, ele representa feminilidade, movimento e união. Dessa forma, o edifício foi projetado com curvas, criando uma sensação de movimento. Essa característica é evidente em todos os elementos da proposta, desde a implantação até os mobiliários projetados.
A nova sede será composta por dois blocos. O Edifício 01, localizado na Avenida Presidente Kennedy, que conta com ciclovia e linha de transporte público, abrigará o setor comercial, incluindo o café e a loja. O Edifício 02, situado em ruas secundárias, será dedicado ao setor assistencial, proporcionando maior privacidade para o atendimento aos pacientes. Este edifício também contará com o setor administrativo e o setor de entretenimento, com as oficinas e o auditório.
Para integrar os dois blocos, foi proposta uma circulação coberta, criando uma unidade visual por meio de uma linha horizontal contínua proporcionada pelas lajes de cobertura. As fachadas serão compostas por vidro, madeira e pedras naturais, reforçando os conceitos de suavidade e movimento. Em pontos estratégicos, será utilizada pintura em estilo grafite, realizada por artistas locais, trazendo mais vivacidade.
No projeto foram incorporadas estratégias de sustentabilidade, como a coleta de água pluvial, ventilação cruzada e placas fotovoltaicas, com o objetivo de reduzir os custos operacionais e tornar o edifício mais eficiente energeticamente. Além disso, visando o aumento da receita da Liga, foram utilizadas algumas estratégias. O auditório poderá ser alugado para eventos, o café pode gerar um fluxo constante de pessoas e os produtos produzidas no ateliê de costura e nas oficinas poderão ser comercializados na loja.
Por fim, o projeto foi desenvolvido para atender tanto às necessidades atuais quanto às futuras da instituição, além de promover maior interação entre os pacientes e a comunidade local. A nova sede também poderá funcionar como um centro regional, recebendo instituições de outras localidades.
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