“Parece que a primavera do mundo é um trabalho em progresso, mas o caminho até lá está sendo todo feito entre veredas e entre os galhos de fogo de um gigante inverno.”
Matilde Campilho / Jóquei
Práticas Rurais Emergentes são reações, movimentos de construção de outras primaveras, de guinada e escape frente a uma sociedade capitalista que insiste em afirmar-se como a única alternativa possível. Reações localizadas no contexto da lida da terra, da produção de alimentos e na figura da agricultora e do agricultor.
CASA-ESCOLA RURAL
O presente trabalho emerge de um contexto contemporâneo de demandas, anseios e perspectivas acerca do território (rural!) abordado, a partir disso, foi desenvolvido um projeto que opera um resgate de práticas de cultivo e de vida comunitária, aliando a isso, atividades e espacialidades que geram processos emancipatórios do rural em relação ao urbano, de modo a desmontar com a ideia de que espaço rural é atraso. A partir da elaboração esquemática de plano pedagógico de base Freiriana, emerge o programa de necessidades, de forma a atender às demandas de uma educação em construção, contextualizada num tempo-espaço específicos – meio rural – e que busca criar a autonomia e o direito de educandos e educandas a pensarem e transformarem seu meio e a sociedade como um todo.
METODOLOGIA
A problemática desse trabalho emerge dos relatos da memória local possibilitada através de uma abordagem teórico metodológica narrativa que privilegia a escuta, os saberes localizados, bem como o compartilhamento dos conhecimentos técnico e comunitário, acontecendo, na prática, através de entrevistas com interlocutores locais. A partir disso, são elaboradas as bases para ancorar um projeto arquitetônico de uma casa-escola rural, aliado à diretrizes de preservação ambiental e demandas comunitárias.
LOCAL E OBJETIVO
O local de intervenção é Nova Paris, localidade do município de Brochier, no Vale do Caí, Rio Grande do Sul. A proposta se apresenta de forma interescalar, dando conta de aspectos que vão desde o planejamento de propriedade rural (17ha) até o detalhamento arquitetônico de uma porção da ocupação, tendo como objetivo conciliar programas de produção agrícola sustentável, socialização de conhecimentos comunitários técnico-científicos acerca do rural, recuperação de áreas degradas, transição de cultivos e presando por técnicas construtivas acessíveis e autônomas, utilizando recursos locais e comprometida com a promoção do bem estar coletivo.
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