Paço Municipal de Barão/RS
“Barão, um bom lugar para se viver”, assim que minha cidade é conhecida, e de fato, quem vive aqui sabe que ela faz jus ao seu slogan. E embora essa frase faça parte do imaginário dos baronenses, foi preciso de alguns bons anos na faculdade de Arquitetura e Urbanismo para entender, com um olhar técnico, que sim, Barão é um ótimo lugar para se viver e pode ser cada vez melhor.
Ao entender isso, tive certeza de que quando chegasse no Trabalho de Conclusão de Curso me dedicaria em pensar algo para a minha cidade, algo que pudesse torná-la ainda melhor. Foi desafiador, mas também recompensador. Uma sementinha plantada para estimular a população e a municipalidade a enxergar e planejar o município com mais carinho, valorizando nossa história, nossa gente e o nosso patrimônio.
Nasceu assim o Paço Municipal de Barão/RS, como resposta à três grandes demandas municipais: a requalificação da área central da sede urbana, ocupada por um pavilhão industrial desativado e abandonado; a necessidade de espaços adequados para acomodar o Poder Executivo e o Poder Legislativo, que atualmente têm sua estrutura dispersa em diversos edifícios cedidos ou alugados, com espaços improvisados e inadequados às necessidades de funcionamento e acessibilidade; e, a carência de um espaço físico adequado à realização das mais diversas atividades da agenda cultural municipal, que ano a ano tem ganhado mais notoriedade, mas que acontecem normalmente no Ginásio de Esportes Municipal ou no salão da Comunidade Católica.
Um projeto que une um pouco de Arquitetura e Urbanismo, através da requalificação do espaço urbano central de Barão, com a inserção do Centro Administrativo, Câmara de Vereadores e Auditório Público em uma praça de articulação conectada às praças do Figo e da Liberdade.
Planejar um espaço de trabalho acessível e adequado ao programa, bem como um espaço aberto convidativo, pode tornar o atendimento ao público mais rápido e eficiente. Mas, muito além disso, pode influenciar na forma como o cidadão se aproxima das instituições públicas, estreitando as relações entre governo e sociedade, incentivando a troca de experiências, o encontro entre as pessoas, a democracia e a noção de pertencimento. Trata-se da consolidação de um espaço vital para os baronenses, que vinculando os equipamentos públicos aos de lazer, torna-se palco para as mais distintas manifestações sociais e comemorações cívicas que envolvem uma sociedade.
Parafraseando Abraham Lincoln, se a democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo, nada mais justo do que pensarmos no espaço como um meio de aproximação entre governo e sociedade.
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