Em uma municipalidade como Bagé, a democratização dos espaços públicos centrais se tornaram ações independentes e de caráter secundário, uma vez que as intervenções no centro histórico ocorrem de maneira inconsistente. A partir da reabilitação das Ruínas da Caieira Bajeense, pretende-se propor que narrativas que transpassam as normas e vivências de papéis de gênero, possam construir ao centro, o que só é permitido e fadado às margens da cidade. Atualmente a edificação encontra-se em estado de subutilização, e após diversos processos de venda, compra e apropriação, foi cometida por um incêndio no ano de 2018, onde se encontra caída no esquecimento em uma zona perimetral histórica e central tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (IPHAE-RS).
Ao rememorar vivências negligenciadas pelo ideário social bajeense no processo de projeto, busca-se abordar através do fomento à arte urbana e das intervenções arquitetônicas na reabilitação de centros e ruínas históricas, qualificar a edificação ao propor um espaço de acolhimento e memória dedicado a comunidade LGBTQIAP+ de Bagé.
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