Filó: Centro Gastronômico e Cultural dos Imigrantes Italianos

Filó: Centro Gastronômico e Cultural dos Imigrantes Italianos

O Filó: Centro Gastronômico e Cultural dos Imigrantes Italianos foi desenvolvido com o intuito de ser um local de celebração da cultura dos imigrantes italianos, no município de Arvorezinha e região, no Estado do Rio Grande do Sul.
A proposta foi desenvolvida para proporcionar um espaço qualificado para os produtores rurais comercializarem seus produtos; ofertar aos visitantes a experiência de degustar comidas típicas; ofertar oficinas de qualificação para a população; reconhecer o valor da cultura e da história local através do memorial; desenvolver a economia com a venda de produtos locais, destacando as produções agrícolas, gastronômicas e artesanais; fortalecer o potencial turístico regional juntamente com o Museu do Pão em Ilópolis e o Museu do Tijolo em Arvorezinha.
O nome Filó foi escolhido por tratar-se da prática de uma família ir visitar a casa da família vizinha para conversarem. Esses encontros foram de extrema importância na vida dos primeiros imigrantes italianos, porque eram nesses momentos que as famílias se uniam para amenizar o sofrimento causado pela imigração e para minimizar a saudade dos que ficaram em seu país de origem (GOMES; LAROQUE, 2010).
O projeto arquitetônico contempla um restaurante, um mercado para os produtores rurais, um memorial da imigração, uma escola de gastronomia e salas de apoio para demais atividades culturais. Beneficiando, assim, os moradores do município, visitantes, turistas, produtores rurais, alunos das oficinas, entre outros.
A Cantina simboliza a confraternização e partilha em torno da mesa farta; o Mercado representa a riqueza da lavoura e dos produtos artesanais elaborados; o Memorial como um espaço que narra a epopeia dos imigrantes; a Escola de Gastronomia, juntamente com outras oficinas, garantem a longevidade das práticas culturais.
A implantação foi realizada de forma que os blocos que precisavam de acessos exclusivos foram posicionados nas extremidades do sítio, mantendo assim o bloco cultural como a centralidade do projeto e criando um eixo cultural entre o Memorial dos Imigrantes Italianos e o Museu do Tijolo, que encontra-se do outro lado da via. Já a área de convívio em frente ao sítio tem função de ampliar o passeio público, convidando as pessoas a utilizarem esse espaço, criando um novo ponto de referência no tecido urbano.
A forma semelhante às casas dos imigrantes italianos tem a intenção de resgatar a imagem de lar e acolhimento, sentimento proporcionado durante os filós, quando as famílias vizinhas se visitavam. A escolha pelo telhado de duas águas com grandes inclinações e as ligações de blocos distintos através de passadiços se dá porque são características presentes na arquitetura dos imigrantes italianos.
A materialidade empregada como a pedra, a madeira e a palha, são elementos presentes na arquitetura dos imigrantes italianos, que foram mesclados com materiais atuais como o concreto polido, a telha shingle e o metal preto. Além disso, o ladrilho hidráulico produzido no município de Arvorezinha também faz parte da composição.

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