Estação Hamburgo Velho – Espaço Multicultural
Em 2015, o centro histórico de Hamburgo Velho foi tombado pelo IPHAN ao qual abriga cerca de 70 imóveis que recontam, por meio de suas estruturas, a história do município e o seu desenvolvimento histórico e arquitetônico. Apesar da importância do tombamento, em visita ao local, pode-se perceber que o estado atual é de falta de manutenção, falta de usos e desinteresse dos frequentadores. O espaço urbano como um todo está desqualificado. A maioria das casas encontram-se desocupadas, as ruas possuem um fluxo rápido e intenso de veículos e faltam atrativos que convidem à permanência no local.
Em vista da atual situação e afim de valorizar o potencial turístico e cultural do lugar, o trabalho busca introduzir uma nova edificação que melhore a vida urbana dentro do Centro Histórico de Hamburgo Velho. Após análise dos referenciais teóricos, decidiu-se desenvolver um espaço multicultural. O espaço nomeado de Estação Hamburgo Velho, em referência a antiga estação de trem que havia no núcleo original, traz mais atividade melhorando questões urbanas, proporciona um novo ponto de encontro e convivência, além de valorizar o local, transmitindo sua importância para aqueles que não o conhecem.
O espaço reúne atividades educacionais com salas de aula multiuso, para desenho, canto, música, dança, espaço para oficinas e workshop. Este espaço será usado pela rede pública e também para pessoas que queiram locar as salas. A Estação Hamburgo Velho conta também com um espaço de exposições temporárias e exposição permanente, ocupada pelo Museu do Bordado, Patrimônio Imaterial de Novo Hamburgo, além de um espaço reservado para receber coleções que precisam ser pagas. Será instalado também salas comerciais para livraria, papelaria, materiais de desenho, instrumentos musicais, que contenham materiais de apoio às oficinas e um café-bistrô para atender aos grupos de outros locais que virão conhecer o Centro Histórico e a Estação Hamburgo Velho. A edificação foi implantada em um lote dentro do centro histórico próximo dos principais pontos turísticos: a Fundação Ernesto Frederico Scheffel e o Museu Comunitário Casa Schmitt-Presser. Ela busca inserir-se dentro da dinâmica urbana já existente abraçando e melhorando as atividades culturais presentes e por isso a área externa foi desenvolvida para atender as feiras de rua regionais. Assim, as feiras contam com o apoio da edificação que contem sanitários públicos e PNE, espaço para feirantes, palco, espaço para chopp e um depósito para guardar equipamento de som e outros. Para auxiliar em todas essas atividades há um espaço de serviço, administrativo e estacionamento na edificação.
As atividades são múltiplas para atrair diferentes pessoas, por diferentes motivos, criando um espaço democrático e contemporâneo, onde não importa sua origem e sim seu presente. Será um espaço de encontros, diferentes culturas convivendo e interagindo, adquirindo e passando conhecimento, sobrepondo passado e presente, com vistas para o futuro.
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