DO NÃO-LUGAR AO LUGAR | ESTUDO DE CASO: BAIXIO DO VIADUTO DA CONCEIÇÃO

“…um espaço que não pode se definir nem como identitário, nem como relacional, nem como histórico definirá um não-lugar.”
Marc Augé

Não-lugares são espaços subutilizados, residuais. Tem como finalidade principal a conexão e a rápida circulação de pessoas que, por esse motivo, acabam se tornando espaços genéricos, sem identidade. O problema predominante de espaços residuais é a vulnerabilidade da cidade, trazendo insegurança para a ocupação do local.

A área de intervenção é o baixio do Viaduto da Conceição, localizado no Centro Histórico de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O bairro, além de ser um referencial turístico, possui diversidade econômica, localidade acessível e pontos de transporte coletivo municipais e intermunicipais. Construído entre 1970 e 1972, o Viaduto da Conceição possui como característica principal o significativo fluxo de veículos motorizados e a intensa circulação de pedestres.

A proposta tem como objetivo criar espaços-públicos de permanência e encontro, incentivando as práticas socioespaciais, a apropriação de espaços-públicos e a diminuição da segregação. O Projeto visa facilitar e incentivar o deslocamento sustentável, a pé e de bicicleta, viabilizar maior segurança viária, reduzindo a velocidade de veículos motorizados, qualificando espaços de circulação e permanência, diminuindo a poluição sonora e atmosférica.

Parecer do júri

DESTAQUE Apesar de apresentar uma apropriação inadequada do conceito de não-lugar de Marc Augé, o projeto urbano propõe a criação de microterritórios a partir de um sistema de ativações em um baixio de viaduto. Utiliza módulos de diversos programas e uma estrutura de iluminação e mobiliário que percorre e costura todos esses microterritórios.

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