CREMATÓRIO REGIONAL DO OESTE CATARINENSE: ABRIGO PARA AS ATIVIDADES DE LUTO E PERCEPÇÃO DO FIM

É papel da arquitetura apresentar ambientes propícios para todas as atividades humanas, inclusive, o luto. Para esta, em específico, espera-se locais que estimulem a reflexão, acalmem os sentidos e guardem as memórias daqueles que partiram.

A proposta de um crematório para a região Oeste de Santa Catarina foi motivada pela insustentabilidade dos cemitérios no contexto em que vivemos, seja por questões ecológicas, econômicas ou territoriais. Pelo rompimento do estigma das funções urbanas relacionadas à morte, desafiando o plano diretor local. E, por fim, pelo exercício de reconciliação entre a sociedade e sua própria finitude.

Nas ocasiões de perda, o sentimento de luto sobrepõe-se às memórias daqueles que atendem a uma cerimônia fúnebre. Como diretriz para o lançamento do partido, buscou-se a separação, pelo menos física, dos locais de luto e de memória. Dessa forma, o crematório torna-se um abrigo para os momentos imediatos à perda e uma referência como espaço de contemplação e memória.

Para as famílias que desejarem manter as cinzas no complexo, o crematório disporia de três destinos para as cinzas: um columbário, um jardim de aspersão e um bosque para plantio de eco-urnas.

implantação: Chapecó – SC
ano: 2019

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