No final de 2020, o arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, torna pública a decisão de doar todo o seu acervo para a Casa da Arquitectura em Matosinhos, Portugal. O fato gerou comoção no campo da Arquitetura e Urbanismo quanto à preservação da história nacional. A preocupação era do próprio Paulo Mendes da Rocha “Tenho a impressão de que qualquer país precisa ter o interesse em guardar seus acervos, caso contrário ele não tem memória.” Este trabalho se trata de um lugar para a memória da arquitetura: a brasiliana de arquitetura – a casa dos acervos de documentos e projetos. A preservação de acervos de arquitetura gira em torno de três aspectos: memória, investigação e conhecimento. Acervos de arquitetura servem como um olhar ao passado sob aspectos da história, educação dos arquitetos, pois vistos em conjunto, as coleções de acervos podem provocar estímulos a reflexões não só para reinterpretar o passado, mas para também orientar o futuro. A investigação foca na responsabilidade que uma instituição detentora dos direitos dos acervos tem em tratar, arquivar e dar visibilidade através de documentos próprios – os acervos e espólios de arquitetura. O objetivo do edifício proposto é gerar e criar interesse sobre coleções de documentos de obras iconográficas e emblemáticas da cultura nacional e fomentar atividades de pesquisa da memória arquitetônica. Além disso, promover o conhecimento da documentação de arquitetura é aspecto fundamental à preservação não só do projeto, mas a garantia que ele poderá ser usado para a conservação da própria edificação. Por isso, garantir que documentos de arquitetura são ativos de transformação social, eles não podem ser de interesse restrito dos historiadores, mas de toda a comunidade.
Casa Brasiliana de Arquitetura
Autor:
GUSTAVO ANDRÉ REICHERT
Orientador:
Tiago Balem
Instituição:
Universidade FEEVALE
Data:
2023-1
Categoria:
Categoria Arquitetura - Edificações
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