AMARELO – COMPLEXO DE BEM-ESTAR RESTINGA.
Vivemos em um mundo de transformação constante, estamos sempre conectados, vivenciando o mundo através de telas de computadores e celulares. A facilidade de acesso a informações oportuniza conhecimento e provoca ansiedade. O estilo de vida moderno tem afetado a condição humana e, em consequência, problemas de saúde mental tornam-se cada vez mais recorrentes. O desequilíbrio emocional facilita o surgimento de doenças mentais, que provocam percas de vidas em todo o mundo. Segundo a OMS, no mundo cerca de 800 mil pessoas cometeram suicídio em 2018, sendo está a segunda maior causa de morte entre os jovens de 1 a 20 anos. No Brasil, uma pessoa tira a sua vida a cada 45 minutos e o país ocupa a primeira posição no ranking de pessoas ansiosas. O Rio Grande do Sul, conforme a Secretaria de Saúde Estadual, é o estado com maior número de vítimas de suicídio, sendo a taxa de mortalidade o dobro da média nacional. O suicídio ocorre devido ao acúmulo de gatilhos e uma complexa cadeia de fatores sociais, segundo dados da OMS, destacam-se como potenciais agravantes: Fragilidade Social: 80% dos suicídios são reportados em comunidades de baixa renda e distantes dos grandes centros urbanos. Transtornos mentais: 96% das pessoas que tiram a vida está relacionadas a transtornos mentais. Políticas Públicas: 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados com o investimento em promoção de saúde mental.
A primeira medida preventiva é a educação, é preciso perder o medo de se falar sobre o assunto e o caminho é quebrar tabus, compartilhar informações, esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas que contribuem para tirar o assunto da invisibilidade. De acordo com a OMS, cada dólar investido na expansão do tratamento de transtornos mentais comuns, como depressão e ansiedade, resulta em um retorno de 4 dólares em melhores condições de saúde e capacidade de trabalho. Uma análise calculou os custos de tratamento e os resultados de saúde em 36 países de baixa, média renda para um período de 15 anos – 2016 e 2030-. A pesquisa mostrou que o nível de reconhecimento e acesso à tratamento para de pressão e ansiedade é muito baixo, provocando uma perda global de 1 trilhão de dólares por ano.
A escolha do Bairro Restinga se dá por ser uma comunidade que nasce de um processo de gentrificação e ao longo dos anos a falta de políticas públicas de desenvolvimento social, fazem com que esta região tenha um dos piores indicies de desenvolvimento humano, renda per capita e criminalidade da cidade de Porto Alegre.
O complexo tem objetivo de promover de ser um equipamento de referência no desenvolvimento da diversidade populacional da Restinga, integrado ao bairro e derrubando barreiras do preconceito, conectando lazer e atividades de atendimento psicossocial. Um espaço que converse com o seu entorno, vivo e permeável e que derrube através da promoção e educação as barreiras do preconceito existentes quanto ao tratamento e promoção a saúde mental.
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