MUPA – Museu de Paleontologia de Santa Maria

MUPA – Museu de Paleontologia de Santa Maria
A descoberta dos primeiros fósseis no início do século XX
deram destaque para a região de Santa Maria/RS na questão
paleontológica. Hoje são conhecidos 31 locais de afloramento
fóssil na cidade, de onde saíram importantes descobertas a nível
mundial, a maioria datada do período Triássico superior,
compreendido entre 205 e 215 milhões de anos. O local mais
antigo e mais importante é o sítio da Sanga da Alemoa, onde foi
encontrado o Staurikosauros pricei, um dos dinossauros mais
antigos do planeta, ancestral dos grandes dinossauros que
habitariam o mundo no período Jurássico. O local do sítio é
tombado, e é destinada para a criação de um parque e construção
de um museu. O local para a implantação do projeto encontra-se
na porção norte do terreno no entroncamento da BR 158 e Av.
Evandro Behr.
O projeto foi baseado em conceitos que se alinham ao
processo de descoberta, pesquisa e exposição do material, o
invólucro arquitetônico de um museu constitui o primeiro valor
simbólico, que deve além de resolver o programa funcional,
expressar seu conteúdo tanto como coleção quanto como
edificação cultural e pública. Sua forma externa prismática em
concreto branco foi baseada nos envoltórios de gesso utilizados
para transportar o material fóssil dos locais de escavação,
transmitindo uma ideia de solidez e proteção, já o interior,
marcado pelo contraste, estritamente conectado ao material
fóssil, que em latim significa extraído da terra, buscou-se
significados que estivessem conectados ao solo, como a
coloração avermelhada característica das descobertas do período
Triássico, obtido através de concreto pigmentado e do processo
de erosão natural que trouxe a luz as primeiras descobertas, e que
está simbolizada na grande abertura envidraçada da fachada
principal, criando uma permeabilidade singular entre interior e
exterior da edificação.
O Museu se distribui em 3 pavimentos, a conexão entre eles
é fluída, tendo como elemento principal de ligação o Hall da Sanga
da Alemoa, que faz a divisão física das atividades de pesquisa,
serviços e exposição. A edificação Envolto por uma praça que serve de pórtico de entrada ao Geoparque da Alemoa,
desenvolvida como um espaço contínuo ao interior do museu.
A pretensão é de que o museu se torne um centro de
referência nacional no estudo da paleontologia, servindo como
base e apoio para pesquisa e propagação cientifica tanto nos
meios acadêmicos quanto para o público em geral, para isso, além
de incluir salas de exibição interativas para envolver o visitante
em temas como: o surgimento e a evolução da vida no planeta, a
era dos dinossauros, o histórico das descobertas, de como são
feitas as pesquisas e conservação do material coletado, entre
outros.

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