A cidade de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul possui diversos locais de pontos de encontro dos moradores de diferentes regiões do município. Sendo esse, um fator na concepção do centro cultural dentro do Parque Marinha do Brasil, na orla do rio Guaíba.
O atual estado do parque, possui usos e atividades constantes apenas em uma pequena parcela de seus limites, sendo diagnosticado a necessidade de intervenção urbana e arquitetônica com base em diretrizes que atualizem o uso do espaço, gerando qualidade de vida no ambiente.
Tornando-se a região de maior densidade, em crescimento no município, a criação de espaços culturais e ligação com os demais setores da cidade se faz necessário, neste caso, o projeto visa criar um ponto de convergência dos espaços e culturas diversas, funcionando como elo de ligação de real importância e estímulo a cultura, esporte, lazer e turismo. No caminho de reestruturação de espaços de Porto Alegre, o que recorre atualmente é a gentrificação de espaços, descaracterizando locais em favor do retorno econômico.
O Parque Marinha do Brasil foi concebida em uma zona de aterro, anteriormente o sítio natural do rio Guaíba, sua localização funciona como transição da Zona Sul com o centro administrativo e histórico de Porto Alegre. Na década de 1970 era ainda uma zona por onde passavam as avenidas afim de estruturar o espaço urbano nesta região da cidade, foi lançado então, um concurso que fazia parte do projeto projeto Renascença, foi elaborado o então, o Plano Preliminar de Diretrizes baseado no plano diretor do município, utilizado como base de zoneamento para o presente trabalho acadêmico. Tais diretrizes eram a integração na parte da orla do rio Guaíba no projeto Renascença, criando transformação social na área.
Utilizando ideias de uso do espaço no local de intervenção da proposta, o parque passa a ser divido em três zonas baseadas no zoneamento original de 1972, são elas: Zona Esportiva, Zona de Lazer e Zona Cultural. A Zona Cultural na parte sul, o espaço escolhido para a implementação da Cinemateca, onde nas diretrizes originais abrigaria um parque aquático. A escolha da cinemateca acompanhada de ambientes comerciais e de estar justifica-se primeiramente por um fator de escolha de forma de expressão cultural com mínimo impacto no ambiente, viabilizando o espaço para receber turista na infraestrutura além de funcionar como local de eventos que unam os grupos sociais.
Os cinemas funcionam como locais de arquitetura oculta em geral, onde os usuários ficam imersos dentro do ambiente por horas deixando que a sua imaginação fluir, para então sair e encarar o entorno da realidade do espaço. Essa experiência de sentimentos diferentes, em múltiplos espaços é o fundamento base do projeto, amplificando a capacidade de sentir o local tanto dentro quanto fora das salas de cinema, através das experiências entre o próprio parque, e a 7° Arte, e além disso buscando manter relação de permanecia do espaço público, não retirando o local de praça do parque.
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