CENTRO DE MORADIA, CONVIVÊNCIA E ASSISTÊNCIA PARA IDOSOS NA CIDADE DE SANTA ROSA/RS.

O projeto propõe-se como uma instituição destinada a domicílio, convívio e assistência para idosos, promovendo espaços de integração com a sociedade, humanização, qualidade de vida e maior independência do idosos.
O edifício está planejado em uma estrita relação com a vegetação existente do lote, e seu entorno.
As relações entre árvores, usuários e edificação não se resume apenas fisicamente, mas também simbolicamente. A árvore tem os ramos que sobem em direção ao céu para receber a luz. Já as suas raízes prendem-se na terra para absorver os nutrientes necessários ao seu crescimento e também para manter a estabilidade durante as tempestades. Na área central do projeto, há duas árvores de cedro pré-existentes do lote, a partir do ponto dessas árvores, toda a planta do edifício se desenvolve.
O cedro é associado à vida longa e com saúde. Esta simbologia pode ser transportada para a vida dos idosos. Eles evoluem ao longo da sua vida e se tornam capazes de ultrapassar todas as adversidades (simbolizadas pelos ramos encruzilhados da árvore) e seguir em frente, em direção à luz, a uma vida boa. O edifício, como uma árvore se abre em busca de luz natural. Todos os blocos estão ligados por corredores de circulação que funcionam como grandes galhos.
Uma das primícias do projeto foi a de criar uma forma simples que auxiliasse os residentes a se orientarem melhor. A estrutura do edifício fornece uma visão geral e caminhos eficientes, garantindo que os funcionários possuam ótimas condições de trabalho e que os usuários sejam capazes de se orientar num espaço versátil, sem ter que renunciar de sua atmosfera agradável.
Para melhor funcionalidade os blocos foram divididos em setores: residencial 1 com dormitórios duplos; residencial 2 com dois pavimentos, um com lofts e outro com dormitórios individuais; lazer e convívio; apoio e serviços; setor administrativo.
O centro funciona como uma pequena cidade, relembra um tecido urbano, onde funcionalidade e um caráter doméstico se fundem criando um ambiente de interação social. Uma comunidade unida por uma estrutura racional, um lugar para envelhecer com dignidade.
A topografia foi utilizada como ferramenta para gerar a organização funcional do edifício. De fato, é comum pensar o edifício como um mirante a partir do qual os usuários podem visualizar as atividades do entorno do edifício, nos jardins, rua, praça e edificações lindeiras.
O centro tem acabamento em alvenaria com tijolos cerâmicos maciços, estrutura (pilares, vigas e lajes) aparente em concreto, esquadrias de vidro e brises de madeira. O objetivo principal era realizar um edifício agradável para os idosos, um espaço no qual os usuários estivessem confortáveis, um lugar onde possam se identificar. Por esta razão, optou-se pela escolha de materiais e acabamentos conhecidos, tais como o tijolo cerâmico e a madeira que em geral, trazem a imagem de uma arquitetura doméstica e próxima além de que suas cores remetem ao aconchego.

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